Em algumas descrições em bestiários europeus e lendas, o
basilisco (do grego: βασιλίσκος; transl.: basilískos , "pequeno rei")
é considerado uma serpente fantástica. Plínio, o Velho, descreve-o como uma
serpente com uma coroa dourada e, no macho, uma pluma vermelha ou negra. Outros
autores que o citam são Marco Aneu Lucano e o médico Dioscórides. Solino e
Cláudio Eliano falam do monstro no século III e Arnóbio e Aécio no V. Aeliano
introduz o galo no mito, detalhe que cresceria em importância até o ponto de
modificar enormemente a criatura na Idade Média. Nessa época o basilisco era
representado como tendo uma cabeça de galo ou, mais raramente, de homem. Para a
heráldica, o basilisco é visto como um animal semelhante a um dragão com cabeça
de galo e de olhar mortífero; em outras descrições, porém, a criatura é
descrita como um lagarto gigante (às vezes com muitas patas), mas a sua forma
mais aceita é como uma grande cobra com uma coroa. O basilisco seria capaz de
matar com um simples olhar. O único jeito de matá-lo seria fazendo-o olhar seu
próprio reflexo em um espelho.
Leonardo da Vinci escreveu que o basilisco é tão cruel que,
quando não consegue matar animais com a sua visão venenosa, vira-se para as
plantas e para as ervas aromáticas e, fixando o olhar nelas, seca-as.
Na Idade Média, os livros que falavam sobre seres
mitológicos, inicialmente descreviam como o basilisco era na tradição
greco-romana: porém depois, provavelmente influenciada pela lenda do mago Herpo
e a criação do basilisco, foram introduzidas novas funcionalidades como pernas,
penas ou bicos de galinhas, como visto na imagem acima. E dessa forma que o
basilisco começou a aparecer na arte e na heráldica: como animais estranhos
desenhados combinando características de sapos, serpentes e galinhas. Também aparecem
como lagartos ferozes, semelhantes a um dragão gigante ou uma quimera
desenvolvida, e as lendas sobre o basilisco misturam-se com outros animais
mitológicos.
Fonte: Wikipedia
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