O Leão de Al-lāt era uma estátua de um leão agachado
segurando uma gazela entre as patas que decorava o templo da divindade árabe
pré-islâmica Al-lāt em Palmira, Síria. A estátua era um alto-relevo em silhar
de pedra calcária numa parede exterior do templo. Foi erigida no início do
século I d.C., tinha 3,5 metros de altura e pesava 15 toneladas. Supõe-se que o
leão representava o consorte de Al-lāt e que a gazela simbolizava as
caraterísticas amorosas e ternas da deusa, que não permitia o derramamento de sangue
sob pena de retaliação. Na pata esquerda do leão havia parte de uma inscrição
danificada, escrita em palmirense, onde se lia «tbrk ʾ[it] (Al-lāt abençoará)
mn dy lʾyšd (quem não derramar) dm ʿl ḥgbʾ (sangue no santuário)».
A estátua foi descoberta em 1977 por uma equipa de
arqueólogos polacos liderada por Michał Gawlikowski. Estava feita em pedaços
que tinham sido reutilizados ainda na Antiguidade nas fundações do templo.
Subsequentemente os pedaços foram reunidos e a estátua reconstruída foi
colocada na entrada do Museu de Palmira. O trabalho de restauro foi realizado
por Józef Gazy. Em 2005 a estátua foi novamente restaurada para eliminar alguns
problemas do restauro anterior. Esta última intervenção devolveu à estátua a sua
aparência original — um relevo que sobressaía de uma parede.
Durante a Guerra Civil Síria, a estátua foi blindada com uma
placa de metal e sacos de areia para a proteger dos combates. Em 27 de junho de
2015, foi demolida pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante que cerca de um
mês antes tinha tomado o controle de Palmira.
FONTE: Wikipedia
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