O megalossauro (Megalosaurus bucklandii, do grego "lagarto grande" ou "grande réptil") foi um dinossauro terópode, carnívoro e bípede, que viveu durante o período Jurássico. Media de oito a nove metros de comprimento e pesava em torno de duas toneladas. Uma característica pouco comum desse dinossauro é o pescoço curto e muito forte, adaptado para sustentar sua enorme cabeça. Tinha uma mandíbula gigantesca e a força de um terrível predador. Possuía grandes e afiados dentes curvos, em forma de serra, e garras nas patas dianteiras para retalhar suas presas.Foi encontrado nas minas de ardósia de Stonesfield em Oxfordshire, na Inglaterra, em 1818.
Em meados de 1676 foi encontrado na Inglaterra o primeiro osso fossilizado de dinossauro, entretanto na época ninguém tinha ideia de que se tratava de um animal pré-histórico. Consideraram então o osso como sendo de um homem gigante mencionado na Bíblia. Mais tarde, em 1815, William Buckland estudou fósseis descobertos na mesma região, mas o conhecimento já estava suficientemente maduro para entender que tais ossos pertenceram a um grande animal pré-histórico, batizado de Megalosaurus. Sobre o osso de 1676 nunca mais houve notícias, mas tudo indica que se tratava do fêmur de um megalossauro adulto. Sendo assim o megalossauro foi o primeiro dinossauro a ser descoberto, além de ter sido o primeiro dinossauro descrito cientificamente, no ano de 1824 pelo seu descobridor William Buckland.
William Buckland (Axminster, Devon, 12 de março de 1784 — 24 de agosto de 1856) foi um teólogo britânico que se tornou Deão de Westminster, geólogo e paleontólogo. Ele fez a primeira coleta e descrição completa de um dinossauro, nomeado megalossauro. Seu trabalho na caverna de Kirkdale comprovou um covil pré-histórico de hiena, pelo qual foi premiado com a Medalha Copley. Foi amplamente elogiado pelo exemplo de como a análise científica detalhada pode ser usada para entender a história geológica com a resconstrução de eventos do conceito Tempo Profundo.
Foi um pioneiro no uso de fezes e restos fossilizados, para os quais ele inseriu o termo coprólito, a fim de reconstruir antigos ecossistemas. Buckland foi o proponente da teoria Gap, que interpretava o acontecimento bíblico de Gênesis referindo-se a dois episódios da Criação separados por um período de duração. Essa teoria surgiu no final do século XVIII e começo do século XIX, como uma maneira de reconciliar os acontecimentos das Escrituras com as descobertas geológicas, que sugeriam a Terra muito antiga.
No começo de sua carreira, ele acreditou que tivesse encontrado evidência geológica do dilúvio bíblico, porém mais tarde se convenceu de que a Era do Gelo de Louis Agassiz proveu melhor explicação e desempenhou um importante papel na promoção da teoria na Grã-Bretanha. Foi laureado com a medalha Wollaston, concedida pela Sociedade Geológica de Londres, em 1848.