Em 2 de setembro de 2018, logo após o encerramento do
horário de visitação, um incêndio de grandes proporções atingiu todos os três
andares do prédio do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista - Rio de Janeiro - RJ - Brasil. Os bombeiros foram
acionados às 19h30, chegando rapidamente ao local. Às 21 horas o fogo
encontravasse fora de controle, com grandes labaredas e estrondos ocasionais, que foi sendo
combatido por bombeiros de quatro quartéis. Dezenas de pessoas dirigiram-se à
Quinta da Boa Vista para ver o incêndio.
Coleções inteiras foram
destruídas pelo fogo, assim como duas exposições que estavam em duas áreas da
frente do prédio principal. Lamentável !
O MUSEU
O Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ), é a mais antiga instituição científica do Brasil e, até meados
de 2018, figurou como um dos maiores museus de história natural e de
antropologia das Américas. Localiza-se no interior do parque da Quinta da Boa
Vista, na cidade do Rio de Janeiro, estando instalado no Palácio de São
Cristóvão. O palácio serviu de residência à família real portuguesa de 1808 a
1821, abrigou a família imperial brasileira de 1822 a 1889 e sediou a primeira
Assembléia Constituinte Republicana de 1889 a 1891, antes de ser destinado ao
uso do museu, em 1892. O edifício foi tombado pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) desde 1938.
Fundado por Dom João VI em 6 de junho de 1818 sob a
denominação de Museu Real, o museu foi inicialmente instalado no Campo de
Santana, reunindo o acervo legado da antiga Casa de História Natural,
popularmente chamada "Casa dos Pássaros", criada em 1784 pelo
Vice-Rei Dom Luís de Vasconcelos e Sousa, além de outras coleções de
mineralogia e zoologia. A criação do museu visava atender aos interesses de
promoção do progresso sócio-econômico do país através da difusão da educação,
da cultura e da ciência. Ainda no século XIX, notabilizou-se como o mais
importante museu do seu gênero na América do Sul. Foi incorporado à
Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1946.
O Museu Nacional abrigava um vasto acervo com mais de 20
milhões de itens, englobando alguns dos mais relevantes registros da memória
brasileira no campo das ciências naturais e antropológicas, bem como amplos e
diversificados conjuntos de itens provenientes de diversas regiões do planeta,
ou produzidos por povos e civilizações antigas. Formado ao longo de mais de
dois séculos por meio de coletas, escavações, permutas, aquisições e doações, o
acervo é subdividido em coleções de geologia, paleontologia, botânica,
zoologia, antropologia biológica, arqueologia e etnologia. É a principal base
para as pesquisas realizada pelos departamentos acadêmicos do museu — que
desenvolve atividades em todas as regiões do país e em outras partes do mundo,
incluindo o continente antártico. Possui uma das maiores bibliotecas
especializadas em ciências naturais do Brasil, com mais de 470.000 volumes e
2.400 obras raras.
Com seguidos cortes no orçamento, desde 2014 que o museu não
vinha recebendo a verba de R$ 520 mil anuais necessários à sua manutenção,
apresentando sinais visíveis de má conservação, como paredes descascadas e fios
elétricos expostos. A UFRJ, instituição responsável pela gerência do museu,
negou uma ajuda do Banco Mundial de 80 milhões de dólares que transformaria o
museu em uma instituição de primeira linha e de gerência autônoma e
independente, cerca de 20 anos atrás, e consequentemente a retiraria do julgo
da Universidade Federal do Rio de Janeiro.[8] Em outro momento, um relatório da
Pró Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças da UFRJ mostra que a
universidade atuou e conseguiu captar R$ 2,24 milhões em dois anos (2016 e
2017), período em que o museu já sofria com falta de verbas adequadas, para a
construção da “Rádio UFRJ FM”, com a pretensão de concorrer com as principais
rádios privadas do Rio de Janeiro, tratada como prioridade para a UFRJ. O museu
havia completado duzentos anos em junho de 2018, em meio a uma situação de
abandono.
Fonte: Wikipedia
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