Coringa (nome no Brasil) ou Joker (nome em Portugal) (no
original, The Joker) é um supervilão fictício que aparece nos livros de banda
desenhada norte-americanos publicados pela editora estadunidense DC Comics. Foi
criado por Jerry Robinson, Bill Finger e Bob Kane e apareceu pela primeira vez
em Batman #1 (Abril de 1940). Parcialmente inspirado em Gwynplaine, um dos
personagens principais do romance L'Homme qui rit (O Homem que Ri) de Vitor
Hugo, sobretudo na interpretação de Conrad Veidt, em um filme lançado em 1928.
Os créditos para a criação do Joker são disputados; Kane e Robinson reclamam
responsabilidade pelo seu desenho, apesar de reconhecerem a contribuição de
Finger na escrita. De acordo com o plano inicial, o Joker deveria ter morrido
na sua primeira aparição, mas foi poupado por uma intervenção editorial,
permitindo assim que o personagem fosse progredindo como o célebre
arqui-inimigo do super-herói Batman. O Joker também é conhecido por outros
nomes como "Clown Prince of Crime" ou "Jester of Genocide".
Nas suas aparições nos livros de banda desenhada, o Coringa
é retratado como um génio do crime. Introduzido como um psicopata com um
sentido de humor sádico e doentio, o personagem tornou-se no final da década de
1950 um ladrão pateta e brincalhão, como resposta à regulação do "Código
dos Quadrinhos" (Comics Code Authority), antes de regressar às suas raízes
mais negras durante os anos de 1970. Como o nemesis de Batman, o Coringa tem
feito parte de algumas histórias que definem o super-heroi, incluindo o assassinato
de Jason Todd (o segundo Robin sobre a tutela de Batman) e a paralisia de um
dos aliados de Batman, Barbara Gordon. Durante as décadas em que tem aparecido,
o Coringa tem tido várias histórias sobre a sua origem. A mais comum delas
apareceu pela primeira vez em Detective Comics #168 (Fevereiro de 1951), e
envolve a sua queda para dentro de um tanque de desperdícios químicos que
branqueia a sua pele, torna o seu cabelo verde e os seus lábios vermelhos; o
resultado da sua desfiguração leva-o à loucura e adoptou o nome
"Coringa", a partir da figura das cartas de jogo que ele veio a
assemelhar-se. Como a antítese da personalidade e da aparência de Batman, o
Coringa é considerado pelos críticos como o seu adversário perfeito.
O personagem não tem habilidades ofensivas sobre-humanas, em
vez disso, usa a sua experiência em engenharia química para desenvolver
misturas tóxicas e/ou letais, bem como armamento temático, incluindo cartas de
jogo com pontas cortantes, campainhas de brinquedo mortais e flores de lapela
que projetam ácido. Apesar do Coringa por vezes trabalhar com outros
super-vilões, como o Penguin e o Two-Face, e em grupos como Injustice Gang e
Injustice League, tais relações acabam muitas vezes por entrar em colapso
devido ao constante desejo do Coringa em procurar o caos desenfreado. A década
de 1990 introduziu um interesse romântico par ao personagem na forma da sua
ex-psiquiatra, Harley Quinn, que se torna inclusive na sua parceira no crime.
Apesar da sua grande obsessão ser o Batman, o Coringa já foi adversário de
outros heróis como o Superman e a Wonder Woman.
Um dos mais icônicos, se não o mais reconhecido, personagens
da cultura popular, o Coringa tem sido citado como um dos maiores vilões e
personagens da banda desenhada já criados, e "muito possivelmente mais
interessante que o seu homólogo super-herói." A enorme popularidade da
personagem já o fez aparecer numa grande variedade de produtos, como roupa e
objetos de colecionismo, videojogos, estruturas reais (como atracões de parques
temáticos) e várias outras referencias noutros media, para além de ser o
primeiro vilão a ter a sua própria série de banda desenhada, The Joker
(1975-1976). As revistas Wizard e Complex colocaram-no em #1 nas suas listas
dos "Melhores Vilões da Banda Desenhada". Numa publicação semelhante,
o IGN posicionou-o em #2, atrás de Magneto,e a Empire em #8 na sua lista dos
"50 Melhores Personagens de Sempre da Banda Desenhada". O Coringa tem
servido como adversário do Batman no cinema, na animação e nos videojogos,
incluindo na série de televisão da década de 1960, Batman, (interpretado por
Cesar Romero), no cinema por Jack Nicholson em Batman (1989), por Heath Ledger
em The Dark Knight (2008), por Jared Leto em Suicide Squad (2016) e Joaquin
Phoenix em Joker (2019). Mark Hamill, Michael Emerson, Troy Baker, entre
outros, já deram a sua voz ao personagem animado.
No Brasil, a Editora Brasil-América Limitada (EBAL) decidiu
não usar a grafia da palavra Curinga, o sinônimo correto para o Joker e trocou
por Coringa, que significa pessoa feia e raquítica.
Fonte: wikipedia
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