Ara (Ara), a Ara ou Altar, é uma constelação do hemisfério
celestial sul. O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Arae. Esta
constelação situa-se a sul de Escorpião.
As constelações vizinhas, segundo a padronização atual, são
a Coroa do Sul, o Escorpião, o Esquadro, o Triângulo Austral, a Ave-do-Paraíso,
o Pavão e o Telescópio.
No geral, a constelação do Altar é ilustrada como uma ara
(altar de sacrifícios), soltando fumaça que "sobe" em direção ao sul.
No entanto, os detalhes variam.
Em 1482, com a recente invenção da imprensa, uma xilogravura
da obra Poeticon Astronomicon, do poeta e astrônomo Gaio Júlio Higino, mostra
um altar de incenso, cercado de entes demoníacos.
Em 1603, Johann Bayer descreveu a constelação como um altar
de incenso, cuja fumaça sobe em direção ao sul.
Nos séculos XVI e XVII, Willem Blaeu, cartógrafo celeste
holandês, representou-a novamente como uma ara, com um animal queimando em
sacrifício. Ao contrário da maior parte das representações, a fumaça agora
subia em direção ao norte, representada por Alpha Arae, estrela mais brilhante
da constelação.
A representação que mais foge do usual é a do poeta grego
Arato, que ilustrou a constelação como um farol. Nela, as estrelas Alpha Aare,
Epsilon Arae e Zeta Arae representavam a estrutura, e Eta Arae a luz do farol.
Mitologia
Em um dos mitos da mitologia grega, cria-se que esse era a
ara, construída pelos ciclopes, onde os deuses deitaram ofertas entre si como
sinal de aliança na guerra contra os titãs. Imitando os deuses, os homens
passaram a realizar ofertas em altares para pedir auxílio, em troca de
fidelidade para com os divinos.
Na mitologia grega, representava o altar no qual os deuses
do Olimpo trocaram votos de união antes da batalha contra os Titãs. Segundo
esta lenda, o Titã Cronos havia deposto o seu progenitor, Úrano, e reinava
sobre o universo juntamente com os seus irmãos. Para que nenhum dos seus filhos
lhe fizesse o mesmo, Cronos engolia-os à nascença mas a sua esposa, Reia, não
suportando mais esta situação, escondeu Zeus para que não sofresse semelhante
destino. Já adulto, Zeus enfrentou o seu pai, fazendo-o vomitar todos os outros
irmãos e aliando-se a eles numa batalha contra os Titãs. No altar, representado
pela constelação de Ara, juraram união e fidelidade e iniciaram então a guerra
pela supremacia sobre o universo. Tendo-se gerado um impasse devido ao
equilíbrio de forças entre ambos os exércitos, Zeus viu-se forçado a libertar
duas raças de Titãs. Com a ajuda destes os deuses do Olimpo conseguiram
finalmente derrotar os Titãs, pelo que Zeus teria colocado o Altar no céu em
eterna gratidão para com os seus aliados.
A constelação de Ara ou Altar é muito antiga e o seu nome
latino original era Ara Centauro, o altar do centauro Chiron. Metade homem,
metade cavalo, acreditava-se ser esta a criatura mais sábia da Terra. Ara
também teve outras associações, como a de ser o altar de Dionísio, construído
por Noé depois do dilúvio, o altar consagrado por Moisés ou até o do Templo de
Salomão.
Fontes: Wikipedia e Explicatorium