Fiz este desenho na minha “primeira fase” do meu estilo no
início dos anos 2000. Eram desenhos abstratos de forte carga simbólica. Neste
especifico, de 2004, traduzi os Erros da Ciência movidos por ideias pré-concebidas, que
posteriormente corrigidas. As fontes desta inspiração estão em livros que li do
paleontólogo Stephen Jay Gould. Em seus livros, independente dele ser um
defensor da Teoria da Evolução (inclusive criador da “Teoria do Equilibrio
Pontuado”, ligada à Teoria da Seleção Natural), ele expõe erros que cientistas
criaram baseados em suas percepções pessoais ou interpretações “apaixonadas”
para se encaixar às suas expectativas de suas áreas científicas. O interessante
que a Ciência, com devido tempo, corrige seus erros. Para que se possa corrigir
estes erros são usados abastecimentos de novos dados e testes feitos, muitas
vezes, por outros cientistas para que não haja influência pessoal nos resultados.
Aí a polêmica com as ditas “Pseudo-ciências”,
que não aceitam resultados posteriores que são contra os seus primeiros
resultados, ivalidando suas teorias.
Voltando ao desenho.. escrevi dois exemplos de erros
apaixonados da ciência. Abaixo tem uma breve explicação deles:
Eozoon canadense é um pseudofóssil. John William Dawson
descreveu as estruturas bandadas de calcita e serpentina grosseiramente
cristalinas como um gigantesco foraminífero, tornando-o o mais antigo fóssil
conhecido. Foi encontrado no calcário metamorfoseado pré-cambriano do Canadá,
na Côte St. Pierre perto de Grenville
(Quebec) em 1863. Mais tarde foi encontrado em várias outras localidades.
Dawson chamou de "uma das mais brilhantes pedras preciosas da coroa
científica do Serviço Geológico do Canadá". Em 1894, foi mostrado que o
lugar onde foi encontrado estava associado ao metamorfismo (O'Brien, 1970;
Adelman, 2007). Estruturas similares de Eozoons foram posteriormente
encontradas em blocos de calcário metamorfoseados do Monte. Vesúvio, onde os
processos físicos e químicos de alta temperatura eram responsáveis pela sua
formação e não eram de origem biológica (O'Brien, 1970).
Bathybius haeckelii foi uma substância que o biólogo
britânico Thomas Henry Huxley descobriu e inicialmente acreditava ser uma forma
de matéria primordial, uma fonte de toda a vida orgânica. Mais tarde, ele
admitiu seu erro quando ele provou ser apenas o produto de um processo químico
(precipitação).
Fonte: Wikipedia