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01 novembro, 2018

Mineiro do séc. XVII

Desenhei este Mineiro baseado em uma pintura de uma enciclopédia Barsa.
Foi um exercicio de adaptação das hachuras no lugar dos tons coloridos da pintura. Fiz em uma folha de caderno.

No Brasil, uma das primeiras atividades desenvolvidas foi a mineração, por parte dos europeus que quando aqui chegaram já conheciam as técnicas deste ofício, e ao verem tanta terra inexplorada encontraram a oportunidade de lucrar bastante com a extração dos recursos naturais.

A partir do século XVI, expedições portuguesas partiam da Bahia para o interior do país, com o objetivo de encontrar minas de prata. No século seguinte, Fernão Dias foi de São Paulo a Sabará, em busca de prata e esmeraldas. Já no final do século XVII foram encontradas as minas de ouro na região da atual Minas Gerais. A atividade de mineração viria a crescer e ser ainda mais valorizada na segunda década do século XVIII, quando foram descobertas as minas de diamante. A partir de então, a mineração passou a ser a atividade econômica mais importante da colônia. Foram descobertas minas de ouro também em Mato Grosso e em Goiás, ainda na primeira metade do século XVIII.
Nesta época, a economia estava abalada por conta do declínio do açúcar, o que fez com que o governo iniciasse a procura por ouro no sertão. Com a notícia de que tais minas haviam sido encontradas, chegavam pessoas de Portugal, do sul do Brasil e de outras regiões em busca de ouro. Os paulistas e os forasteiros iniciaram, então, uma verdadeira disputa pelo ouro, o que resultou na “Guerra dos Emboabas”, entre 1708 e 1709.

O governo controlava rigidamente a exploração do ouro, e retinha parte do ouro encontrado: a quinta parte de todo o outro produzido nas minas era destinada ao governo. Este imposto ficou conhecido como “o Quinto”. A mineração tomou o lugar do açúcar, era o ciclo do ouro! Portugal encontrou uma nova fonte de recursos, porém acabou perdendo boa parte desta riqueza para a Inglaterra.
No país, o eixo da economia mudava, e assim também a capital, que se transferia da Bahia para o Rio de Janeiro. A sociedade mineradora, diferente da açucareira, era um povo mais urbano e diversificado, composto pelos donos das minas, pelos funcionários da Coroa, pelos chamados homens livres (profissões de prestígio como advogados, médicos, religiosos e militares), pela classe dos trabalhadores (profissões mais populares como sapateiros, alfaiates, etc.) e pelos escravos.

A região das Minas ficou repleta de índios, escravos, bandeirantes, colonos, dentre outras pessoas. Os negros escravos escondiam o ouro e compravam sua liberdade, ou então fugiam rumo aos quilombos.

Na segunda metade do século XVIII as minas começaram a se esgotar e a mineração iniciou sua decadência no Brasil. Novas técnicas foram trazidas, em busca de modernizar a mineração, porém o investimento trouxe apenas prejuízos. E eis que o ciclo do ouro chegaria ao seu fim, já no século XIX, o que resultou em uma grave crise econômica para o país, que só foi interrompida com a atividade de exportação do café.
Fonte: Infoescola

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