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02 fevereiro, 2015

HIC SUNT DRACONES

Aqui há dragões (do latim Hic Sunt Dracones) é uma frase da cartografia medieval usada para designar territórios desconhecidos ou perigosos, imitando uma prática medieval frequente de colocar serpentes marinhas e outras criaturas mitológicas em áreas em branco do mapa.

21 janeiro, 2015

Mapa Mundi (continentes invertidos e ATLÂNTIDA)



Fiz este mapa com base da cartografia antiga... mas inclui o mitológico continente Atlântida, inverti o globo (ora! foram os asiáticos e europeus que impuseram que os seus continentes ficavam na parte de cima dos mapas... no espaço não faz diferença. Existem inúmeras citações  em latim....

"PELO TRABALHO SE FAZ FORTUNA"

                                                            "Pelo trabalho se faz fortuna"

25 maio, 2012

ESTRANHO BESTIÁRIO BRASILEIRO



Meu bestiário foi ispirado em um livro que li impresso em 1934 aproximadamente. O nome dele era Zoologia  Fantástica  do Brasil de  Affonso D`Escragnolle Taunay.
Sinopse: Os viajantes europeus em seus relatos de viagens ao Novo Mundo contavam sobre seres fantásticos que habitavam as terras recém-descobertas. Uma rica iconografia é reproduzida e analisada neste documentário precioso, que trata de uma “zoologia fantástica” brasileira, presente nos relatos daqueles viajantes que percorreram o Brasil nos séculos XVI e XVII. Ao apontar as influências fantásticas do bestiário da Antigüidade e da Idade Média nos relatos dos viajantes coloniais brasileiros, Taunay expõe o assombro do olhar estrangeiro diante de uma fauna exuberante e diversificada que provocou a construção de um novo imaginário. A Taunay pareceu interessante expor as crendices zoológicas correntes na Europa dos descobrimentos marítimos, ainda que acredite ter ficado incompleta sua pesquisa. A leitura do livro mostra, entretanto, que este é um trabalho único na bibliografia brasileira.

O que é um  Bestiário?
Bestiário é um tipo de literatura descritiva do mundo animal, as bestas, muito comum nas classes monásticas do medievo. Eram catálogos manuscritos realizados por monges católicos que reuniam informação sobre animais reais e fantásticos, tal como o aspecto, o habitat em que viviam, o tipo de relação que tinham com a natureza e a sua dieta alimentar. A maioria dos bestiários foi escrita durante a baixa Idade Média, e eram acompanhados de mensagem moralizadora.
O bestiário é uma forma de texto descritivo de criaturas naturais e fantásticas, com interpretação moralizadora, que deriva directamente do Fisiólogo. Embora o manuscrito antigo originário deste género pertença ao séc. III, é só no séc. XII, muito mais tarde, que a classe monástica ilustrada vai estabelecer este tipo de composição. No período intermédio a tradição monástica fez cópias do Fisiólogo, traduzido para o Latim, de que o Fisiólogo de Berna Codex Bongarsianus 318, manuscrito ilustrado que data de seis séculos a seguir ao original, é a cópia mais famosa. Ainda neste período, o Fisiólogo foi traduzido para muitos idiomas do médio oriente, como o etiópico, o siríaco, o arménio e o árabe. Na Europa foi traduzido para o Latim, e como bestiário conseguiu estabelecer-se nas antigas literaturas germânica, francesa, espanhola, anglo-saxónica, islandesa e valdense.[1] Tornando-se assim amplamente divulgado e conhecido.
Os bestiários eram livros alegóricos, por vezes claramente humorísticos e fantasiosos, em cuja informação, tal como acontece com o Fisiólogo, não derivava de conhecimento científico ou experimental, ou de observação no terreno das criaturas que eram descritas. E isto de tal modo que algumas das representações dos animais que não pertencem ao mundo da fantasia, como acontece com o abutre, não correspondiam à realidade da natureza. É o caso da iluminura com dois abutres opostos num círculo, no Abutre do Bestiário de Aberdeen, em que estes mais se parecem com duas águias, porque os iluminadores provavelmente não conheciam a ave que desenhavam. Muitos destes manuscritos eram iluminados e tinham como objectivo estimular e conduzir a imaginação, de modo a estabelecer paralelos identificáveis entre os supostos mundo natural e mundo supra natural. O unicórnio dá bom exemplo disto no Bestiário de Rochester, cuja representação da sua caça se afigurava como um meio prodigioso para demonstrar o poder ilimitado de uma virgem. Dizia-se do unicórnio que não conseguia dominar-se de modo nenhum, tal era a sua desconfiança em relação ao homem, e que só perante a pureza de uma virgem era possível acalmá-lo para trazê-lo à proximidade da lança, e assim se conseguir caçá-lo.
Tomando o Fisiólogo como exemplo e modelo, Santo Ambrósio de Milão e Santo Isidoro de Sevilha, este último conhecido por ser o primeiro compilador medieval, aumentaram o conteúdo religioso com referências a passagens da Bíblia e da Septuaginta. Estes dois santos, assim como muitos outros autores que se seguiram, foram aumentando e modificando modelos anteriores a si, refinando assim o conteúdo moral sem se preocuparem com os factos da realidade natural. No entanto, estas descrições fantásticas sem paralelo na natureza eram lidas por muitos e consideradas verdadeiras, e foram sendo incluídas nos bestiários, de que o Bestiário de Aberdeen é um dos melhores exemplos.
Fonte: Wikipédia