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HIC SUNT DRACONES
Aqui há dragões (do latim Hic Sunt Dracones) é uma frase da cartografia medieval usada para designar territórios desconhecidos ou perigosos, imitando uma prática medieval frequente de colocar serpentes marinhas e outras criaturas mitológicas em áreas em branco do mapa.
28 janeiro, 2015
25 maio, 2012
ESTRANHO BESTIÁRIO BRASILEIRO
Meu bestiário foi ispirado em um livro que li impresso em
1934 aproximadamente. O nome dele era Zoologia Fantástica do Brasil de Affonso D`Escragnolle Taunay.
Sinopse: Os viajantes europeus em seus relatos de viagens ao
Novo Mundo contavam sobre seres fantásticos que habitavam as terras
recém-descobertas. Uma rica iconografia é reproduzida e analisada neste
documentário precioso, que trata de uma “zoologia fantástica” brasileira,
presente nos relatos daqueles viajantes que percorreram o Brasil nos séculos
XVI e XVII. Ao apontar as influências fantásticas do bestiário da Antigüidade e
da Idade Média nos relatos dos viajantes coloniais brasileiros, Taunay expõe o
assombro do olhar estrangeiro diante de uma fauna exuberante e diversificada
que provocou a construção de um novo imaginário. A Taunay pareceu interessante
expor as crendices zoológicas correntes na Europa dos descobrimentos marítimos,
ainda que acredite ter ficado incompleta sua pesquisa. A leitura do livro
mostra, entretanto, que este é um trabalho único na bibliografia brasileira.
O que é um Bestiário?
Bestiário é um tipo de literatura descritiva do mundo
animal, as bestas, muito comum nas classes monásticas do medievo. Eram
catálogos manuscritos realizados por monges católicos que reuniam informação
sobre animais reais e fantásticos, tal como o aspecto, o habitat em que viviam,
o tipo de relação que tinham com a natureza e a sua dieta alimentar. A maioria
dos bestiários foi escrita durante a baixa Idade Média, e eram acompanhados de
mensagem moralizadora.
O bestiário é uma forma de texto descritivo de criaturas
naturais e fantásticas, com interpretação moralizadora, que deriva directamente
do Fisiólogo. Embora o manuscrito antigo originário deste género pertença ao
séc. III, é só no séc. XII, muito mais tarde, que a classe monástica ilustrada
vai estabelecer este tipo de composição. No período intermédio a tradição
monástica fez cópias do Fisiólogo, traduzido para o Latim, de que o Fisiólogo
de Berna Codex Bongarsianus 318, manuscrito ilustrado que data de seis séculos
a seguir ao original, é a cópia mais famosa. Ainda neste período, o Fisiólogo
foi traduzido para muitos idiomas do médio oriente, como o etiópico, o siríaco,
o arménio e o árabe. Na Europa foi traduzido para o Latim, e como bestiário
conseguiu estabelecer-se nas antigas literaturas germânica, francesa,
espanhola, anglo-saxónica, islandesa e valdense.[1] Tornando-se assim
amplamente divulgado e conhecido.
Os bestiários eram livros alegóricos, por vezes claramente
humorísticos e fantasiosos, em cuja informação, tal como acontece com o
Fisiólogo, não derivava de conhecimento científico ou experimental, ou de
observação no terreno das criaturas que eram descritas. E isto de tal modo que
algumas das representações dos animais que não pertencem ao mundo da fantasia,
como acontece com o abutre, não correspondiam à realidade da natureza. É o caso
da iluminura com dois abutres opostos num círculo, no Abutre do Bestiário de
Aberdeen, em que estes mais se parecem com duas águias, porque os iluminadores
provavelmente não conheciam a ave que desenhavam. Muitos destes manuscritos
eram iluminados e tinham como objectivo estimular e conduzir a imaginação, de
modo a estabelecer paralelos identificáveis entre os supostos mundo natural e
mundo supra natural. O unicórnio dá bom exemplo disto no Bestiário de
Rochester, cuja representação da sua caça se afigurava como um meio prodigioso
para demonstrar o poder ilimitado de uma virgem. Dizia-se do unicórnio que não
conseguia dominar-se de modo nenhum, tal era a sua desconfiança em relação ao
homem, e que só perante a pureza de uma virgem era possível acalmá-lo para
trazê-lo à proximidade da lança, e assim se conseguir caçá-lo.
Tomando o Fisiólogo como exemplo e modelo, Santo Ambrósio de
Milão e Santo Isidoro de Sevilha, este último conhecido por ser o primeiro
compilador medieval, aumentaram o conteúdo religioso com referências a
passagens da Bíblia e da Septuaginta. Estes dois santos, assim como muitos
outros autores que se seguiram, foram aumentando e modificando modelos
anteriores a si, refinando assim o conteúdo moral sem se preocuparem com os
factos da realidade natural. No entanto, estas descrições fantásticas sem
paralelo na natureza eram lidas por muitos e consideradas verdadeiras, e foram
sendo incluídas nos bestiários, de que o Bestiário de Aberdeen é um dos
melhores exemplos.
Fonte: Wikipédia
01 dezembro, 2011
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